quarta-feira, 10 de março de 2010

Filhos e celulares: qual é a melhor hora?

image Eu mesmo me deparei com essa situação. Minha priminha de X anos chegou em casa, largou a mochila e foi até a cozinha. Lá, esbravejou finalmente sua escolha de presente de aniversário: um celular. Acho foi a primeira vez que eu vi uma criança pedir algo do tipo. É...os tempos são outros!
Segundo pesquisa do Personal Finance Education Group, na Inglaterra, mais de 35% das crianças ganham o primeiro celular com 8 anos. Muitos pais olham a questão pelo lado da segurança: ter os filhos ao alcance de uma ligação, onde quer que estejam. Embora coloquem limitações no uso, como contas pré-pagas.
Mas qual é a hora certa para seu filho ter um celular? E de que jeito? Fui buscar respostas com os especialistas: as mães!
A publicitária Maria Fernanda Bastos tem duas filhas. Hoje com 14 anos, a mais velha ganhou o celular aos sete, presente do avô. Mas ela só usou mesmo o aparelho, dois anos mais tarde. “Ela usa muito o SMS com os amigos. É como se fosse uma extensão de um Messenger no PC”, conta Maria Fernanda. Mas o celular é controlado com uma conta pré-paga. A outra filha tem 6 anos e a avó já acenou com a possibilidade de um presente parecido. A mãe vetou a ideia. E explicou por que: “Ela adoraria ter celular, mas apenas para brincar de mocinha. Não há função real para ela que não sai sozinha na rua. Uma criança só precisa de celular a partir do momento em que tenha alguma liberdade, como no caso dos adolescentes. Enquanto ela for 100% dependente, não há necessidade”.
A jornalista Samantha Shiraishi também vê os dois filhos, de 7 e 9 anos, lidarem com seus primeiros aparelhos. O mais velho ganhou o celular de “herança” da mãe aos 8 anos, quando Samantha trocou seu aparelho. E a mãe orientou: “nada de abusar nas ligações, nem ostentar o aparelho”. “Ensinei a enviar e receber SMS para se comunicar com pessoas autorizadas por nós e a olhar o nome de quem está ligando - a princípio, ele só podia atender ligações de pessoas cadastradas”, conta Samantha. Mas o principal interesse do celular, para o garoto, são os joguinhos (como Paciência). Já o filho menor ganhou o celular da avó e chegou a consumir créditos demais em alguns momentos. Agora ele já aprendeu que só deve usar a internet perto de uma rede wi-fi gratuita, para evitar gastos maiores.
Samantha diz que aprende diariamente com o convívio dos filhos com a tecnologia. E recomenda limites para os pequenos. “O celular deve ser usado como meio de comunicação ou lazer, se tiver jogos saudáveis. Mas não é para se comunicar com quem os pais não permitem, tampouco deve ser usado para contar vantagem entre os amigos. Os pais devem ficar de olho no uso, controlando conta, tempo, horários. Pois os filhos precisam deste limite”.
Se você quer saber mais sobre relações entre mãe e filhos (mas que não são exclusivas a celulares), uma dica é o site Mãe com Filhos. Lá três mães relatam suas experiências e dão dicas sobre situações que elas mesmas passaram.

[fonte: Por Anderson Costa, redator ClaroBlog]

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